A sócia-fundadora da Java Chocolates, Aline Palmiro, foi entrevistada pelo jornal O Tempo sobre o impacto da alta histórica no preço do cacau nos produtos de chocolate e sorvetes em Minas Gerais.
A matéria destaca que a cotação do cacau disparou nos últimos dois anos, saindo de aproximadamente US$ 2 mil por tonelada para picos superiores a US$ 12 mil em 2024, uma alta de quase 500%. Essa elevação tem sobrecarregado os preços ao consumidor, afetando diretamente empresas como a Java Chocolates.
Aline Palmiro comentou que, embora a alta do cacau encareça a produção, a elasticidade de preço não permite repassar integralmente o aumento ao consumidor. “Enxugamos margens, ajustamos o portfólio e criamos alternativas, como chocolates com menor teor de cacau e embalagens menores para a Páscoa. É um desafio que exige austeridade e criatividade”, afirmou.
Além disso, Aline ressaltou que a instabilidade no mercado resulta em menos variedade, chocolates mais recheados e menor gramatura para manter a experiência do consumidor sem pesar no bolso. Ela também mencionou a perda de produtores de cacau fino que optaram por vender como commodity, afetando toda a cadeia produtiva.
A Java Chocolates tem apostado na transparência e no vínculo com o consumidor para enfrentar esse cenário desafiador. “Desde o início da crise mantemos um post atualizado no nosso blog explicando a situação. Acreditamos que o valor do chocolate vai além do cacau. Ele está na experiência, no prazer e na conexão que proporciona”, disse Aline, mantendo-se otimista quanto à capacidade do setor de se reinventar.
Para ler a matéria completa, acesse o site do jornal O Tempo – clique aqui.